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Congregação Cristã no Brasil

Congregação Cristã no Brasil



A Congregação Cristã no Brasil é um grupo religioso cristão de origem norte americana e está presente em território nacional desde 1910, trazida pelo italiano Louis Francescon.


Origem


NO FINAL do Século XIX, o italiano Louis Francescon recebeu, segundo seu relato, uma revelação acerca do batismo por imersão, que lhe advertia por não ter cumprido esse Sacramento deixado por Jesus Cristo. Tal doutrina o separou e a alguns mais do grupo Presbiteriano-valdense ao qual pertenciam, que não a aceitou.


Tempos depois, em 1907 na cidade de Chicago, na 943 W. North Ave (semelhantemente à Rua Azuza em Los Angeles, CA), havia uma missão que anunciava a Promessa do Espírito Santo com evidência de se falar novas línguas. Francescon visitou aquele serviço a convite e teria recebido, conforme suas palavras, uma confirmação Divina de que aquela Obra era de Deus; prontamente o grupo que o acompanhava uniu-se aquela irmandade, a maioria recebendo o Dom de se falar línguas diferentes. Estavam reunidas as doutrinas dos Batismos da água e do Espírito.


Vindo para o Brasil em 20 de abril de 1910, Francescon realizou o primeiro batismo em Santo Antonio da Platina, Paraná, batizando o italiano Felicio Mascaro e mais dez pessoas; depois dirigiu-se para a cidade de São Paulo, onde foram batizadas mais vinte pessoas. Durante muitos anos, os fiéis se reuniram sem denominação alguma e somente após adquirir seu primeiro prédio na cidade de São Paulo, escolheu-se o nome "Congregação Cristã do Brasil". Nos anos 60 por questões internas passou a denominar-se "Congregação Cristã no Brasil". Possuiu maioria italiana até a década de 1930, e desde então, passaram a preponderar as demais etnias e, desde 1950, está presente em todo território brasileiro e em diversos países do mundo.


Em 2007 há quase 18 mil igrejas espalhadas em todo o mundo (16.926 no Brasil) e cerca de 2,6 milhões de fiéis no Brasil; atualmente são batizadas cerca de 100.000 pessoas por ano[1]Sua igreja central é estabelecida em São Paulo, no bairro do Brás, onde o Ministério reúne-se anualmente em Assembléia Geral e são estabelecidas convenções aplicadas em todas as congregações.


A Congregação Cristã possui igrejas nas seguintes localidades, segundo seu Relatório Anual de 2007: Africa do Sul, Alemanha, Andorra, Angola, Argentina, Bélgica, Bolívia, Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Gana, Grécia, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Guiné-Bissau, Holanda, Honduras, Índia, Inglaterra, Irlanda, Israel, Itália, Japão, México, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Democrática do Congo, República do Congo, República Dominicana, São Tomé e Príncipe, Síria, Suiça, Suriname, Uruguai, Venezuela e Zimbábue.


Doutrina


No ano de 1927 na cidade de Niagara Falls, NY, houve uma Assembléia Geral da Congregação Cristã, onde foram definidos seus 12 Artigos de Fé:



  • Crença na Bíblia como sendo a infalível palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo (II Pedro 1:21; II Timóteo 3:16-17; Romanos 1:16);



  • Crença na existência de um só Deus, com três pessoas distintas (Efésios 4:6; Mateus 28:19; I João 5:7);



  • Crença na natureza divina e humana de Jesus Cristo, e na sua morte por culpa de todos os homens (Lucas 1: 27-35; João 1:14; I Pedro 3:18);



  • Crença na existência pessoal do diabo e seus anjos, que estão condenados ao fogo eterno (Mateus 25:41);



  • Crença no novo nascimento pela fé em Jesus Cristo, e na sua ressurreição para tornar justos os crentes, assim a salvação da alma através da [[fé] (Romanos 3:24-25; I Corintos 1:30; II Corintos 5:17).



  • Prática do batismo nas águas, com uma só imersão, para perdão de pecados (Mateus 28:18-19);



  • Crença no batismo do Espírito Santo, com a evidência inicial de falar em novas línguas (Atos 2)].



  • Prática da Santa Ceia anualmente, com um só pão partido com a mão e um só cálice, para relembrar a morte de Jesus Cristo (Lucas 22:19-20; I Corintos 11:25-25).



  • Crença de se abster da idolatria, da fornicação, e de sangue e carne sufocada (Atos 15:28-29; 16-4; 21-25).



  • Prática da unção com óleo para apresentar o enfermo ao Senhor (Mateus 8:17; Tiago 5:14-15).



  • Crença no retorno de Jesus Cristo e no arrebatamento dos fiéis (I Tessalonissenses 4:16-17; Apocalipse 20-6);



  • Crença na ressurreição dos mortos em novos corpos; no Juízo Final e no tormento eterno para injustos e vida eterna para os justos (Atos 24:15; Mateus 25:46).


Práticas


Culto


O culto da Congregação Cristã no Brasil segue uma ordem pré-estabelecida, mas sem uma liturgia fixa, assim os pedidos de hinos, orações, testemunhos e a pregação da Bíblia são feitos de forma espontânea, crendo serem baseados na inspiração do Espírito Santo. Os serviços são solenes com uma atmosfera formal; desse modo evitam-se manifestações individualizantes, mas preza-se a participação coletiva. Há uma série de práticas no culto como o uso do véu pelas mulheres; o uso do ósculo entre irmãos e irmãs de per si; assento separado, no salão de culto, entre homens e mulheres.


 


Ministérios e Cargos


A Congregação Cristã no Brasil possui um ministério organizado, servindo sem expectativas de receber salários [2] e é distribuído segundo as necessidades de cada localidade, a saber:



  • Ancião - responsável pelo atendimento da Obra, realização de batismos, santas ceias, ordenação de novos obreiros (anciães e diáconos), eleição de Cooperadores do Ofício Ministerial, encarregado de conferir ensinamentos à igreja, cuidar dos interesses espirituais e do bem-estar da igreja, entre outras funções;



  • Diácono - responsável pelo atendimento assistencial e material à igreja. É auxiliado por irmãs obreiras chamadas de "Irmãs da Obra da Piedade". Assim como o ancião, atende a diversas congregações de sua região;



  • Cooperador do Ofício Ministerial - responsável pela cooperação e presidência de cultos em uma determinada localidade, não podendo realizar batismos.



  • Cooperador de Jovens e menores - responsável de atender as reuniões de jovens e menores de sua comum congregação.



  • Músico - membro habilitado e depois de passar por testes musicais é oficializado para tocar nos cultos e demais reuniões.


 


Cargos



  • Encarregado de Orquestras - músico oficializado, designado para organizar ensaios musicais da Orquestra da Congregação e ensinar a música. As "Examinadoras" são organistas oficializadas, designadas para avaliar organistas aprendizes no processo de oficialização;além dos instrutores e instrutoras musicais.



  • Auxiliar de Jovens e Menores - responsável de fazer os recitativos para o moços, sendo auxiliado pelas moças no recitativo das moças, sendo também responsabilidade deles, quando não houver ninguem para atender a renião, o auxiliar deve atender e sendo tambem sua responsabilidade de auxiliar seu cooperador de jovens e menores e seu cooperador do oficio ministerial.



  • Administração - Constituída por Presidente, Tesoureiro, Secretário, Auxiliares da Administração, Conselho Fiscal e Conselho Fiscal Suplente; os administradores são eleitos de 3 em 3 anos e o Conselho Fiscal anualmente, sendo permitida a recondução ao cargo, na época da Assembléia Geral Ordinaria (AGO)ou em casos específicos Assembléia Geral Extaordonaria(AGE);




Para construções de templos, utilizam-se de volutariado mobilizado em esquema de mutirão. Para outros serviços burocráticos das igrejas como portaria, limpeza, som, etc.. também são escolhidos dentre os membros, voluntários que não possuem expectativa de receber salário.


 


Organização


Segundo os seus Estatutos, a Congregação Cristã no Brasil não possui registro de membros, considerando que estes devem responder somente a Deus; não prega o dízimo e mantem-se pelo espírito voluntário dos seus membros, que contribuem com coletas secretas e exercem seus ministérios sem a expectativa de receber dinheiro ou bens materiais.


As mudanças de caráter doutrinário na Congregação Cristã no Brasil são discutidas em assembléia anual e pelo Conselho de Anciãos, que é formado pelos anciãos mais velhos em ministério e não necessariamente de idade. Nestas assembléias são considerados "Tópicos de Ensinamentos", os quais, tomados em reuniões e por oração, tratam de assuntos relacionados à doutrina, costumes e comportamento na atualidade.


 


A Orquestra


A Congregação Cristã no Brasil possui uma orquestra de música sacra muito valorizada. Ela provê aos fiéis escolas musicais gratuitas em suas dependências.


Atualmente, possui em sua orquestra os seguintes instrumentos:


Violino,Viola, Violoncello; Flauta transversal; Oboé; Fagote; Clarinete; Clarone; Acordeon; Saxofone-sopranino, soprano, alto, tenor, barítono e baixo; Trompete; Pocket; Cornet; Trompa; Trombonito; Trombone; Saxhorn; Bombardino; Bombardão; Flugelhorn e Orgão, sendo esse último de liberdade de execução somente de mulheres e os demais instrumentos somente de homens.


O hinário da Congregação Cristã no Brasil, intitula-se "Hinos de Louvores e Súplicas a Deus" e encontra-se na sua quarta edição datada de 1965, quando foram adicionadas novas melodias e poesias.Possui muitas melodias de autores norte americanos e italianos, com algumas poesias traduzidas e semi-traduzidas do inglês e do italiano. Possui 450 hinos, tendo entre eles, especiais para Batismos, Santas Ceias, Funerais, 50 para as "Reuniões de Jovens e Menores", e sete coros.


O livro original chamava-se Inni e Salmi Spirituali, publicado, no começo do século XX, pela Assemblea Cristiana Italiana de Chicago, Ill USA.


Os hinários com notação musical seguem o modelo europeu, contendo as claves de Sol e de Fá, e estão escritos para instrumentos em Dó, Mi bemol e Si bemol.


A Congregação Cristã não produz gravações em disco de seus hinos, nem mesmo as autoriza.


 


Política


A Congregação Cristã no Brasil crê na separação total entre Estado e religião, sendo uma organização religiosa totalmente apolítica, sem ligação nem manifestação de apoio ou repúdio a causas ou partidos políticos, candidatos a cargos públicos e nem mesmo ongs ou qualquer outra instituição governamental ou não. Se algum membro de seu corpo ministerial aceitar cargos políticos, deverá renunciar ao seu cargo congregacional[3] . Seus fiéis são livres para exercer suas obrigações de cidadão conforme sua consciência, todavia é aconselhado aos próprios a refutarem quaisquer tendências políticas que corroborem com uma doutrina de natureza anticristã. Por fim, considera-se permissão Divina o estar no poder.


 


Mídia


A Congregação Cristã no Brasil não possui propaganda em meios de comunicação como rádio, televisão, internet, imprensa escrita, ou qualquer outro tipo de propagação da sua doutrina que não seja o frequentar quaisquer de suas igrejas pelos interessados em conhecê-la.


 


Fontes



  • ALVES, Leonardo M. "Christian Congregation in North America: Its Inception, Doctrine, and Worship". Dallas, 2006.

  • CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL. "Estatutos". São Paulo, 2004.

  • CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL. "Relatório Anual 2007-2008". São Paulo, 2007.

  • FRANCESCON, Louis. "Histórico da Obra de Deus". Chicago, 1952.

  • FRESTON, Paul. "Breve história do pentecostalismo brasileiro". In: ANTONIAZZI, Alberto (coordenador). Nem anjos nem demônios: Interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis, 1994.


 


Notas e Referências



  1. ↑ CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL Relatório. São Paulo, 2007

  2. ↑ CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL Estatuto, art. 8, § 1. São Paulo, 2004

  3. ↑ CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL Estatuto, art. 8, § 1. São Paulo, 2004



Fonte:
Wikipédia

Postado em: 17/05/2008 | 01:22:16

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Comentários
  Nome: Junior Em: 20/02/2013 | 12:35:30 E-mail: -
Comentários:
A GUARDA DO SÁBADO Pr Airton Evangelista da Costa

Pretendemos dissertar a respeito do sábado judaico. Por que sábado judaico? Porque se trata de uma ordenança cumprida pelos judeus, mais propriamente pelos judaizantes, cuja crença está baseada no Antigo Testamento. Os adventistas também são pró-sabáticos. A guarda do sábado, que foi um sinal para o povo da Antiga Aliança, é obrigatória aos que estão sob a égide da Nova Aliança? Quem guarda o domingo está em pecado e não será salvo? O cumprimento da ordenança sobre o sétimo dia garante a salvação? Tentarei responder a estas e a outras perguntas.

A Igreja de Cristo, desde o início, principalmente pelo Apóstolo Paulo, sempre dispensou estreita atenção às heresias, chamadas por Pedro de “heresias de perdição” (2 Pe 2.1), por tratar-se de ensinos contrários às doutrinas bíblicas.

A Igreja, como fazem as sentinelas, deve manter-se em constante vigilância para denunciar a aproximação ou o surgimento de elementos estranhos ao Evangelho. É seu dever combater as heresias: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).

Sábado, grego sabbaton, hebraico shãbath, tem em sua raiz o significado de cessação de atividade. Segundo o Dicionário VINE, “a idéia não é de relaxamento ou repouso, mas cessação de atividade”. A conotação com o descanso físico vem pelo fato de que a suspensão dos trabalhos proporciona descanso, e porque Deus destinou o sétimo dia não só para repouso e memorial do término de sua criação, mas como dia de culto, adoração e comunhão com Ele (Ex 16.27; 31.12-17).

A primeira referência bíblica sobre o sétimo dia está em Gênesis 2.2-3 que fala do descanso de Deus no shãbath. O “descanso” de Deus não quer dizer que Ele ficou cansado, mas que suspendeu sua atividade criadora. O princípio da criação do shãbath é destinar um dia ao repouso e ao exclusivo culto ao Senhor: “Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia será o sábado do descanso solene, santo ao Senhor” (Êx 31.15).

Deus incluiu o sábado nos Dez Mandamentos, lembrando que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou” (Êx 20.8-11). O castigo para quem violasse o sábado era a morte (Ex 31.12-17). Portanto, o castigo está associado à guarda do sábado. Para que haja coerência de procedimentos, quem guarda o sábado deveria, no caso de violação, aceitar o castigo correspondente. A guarda desse dia e o castigo pela desobediência são ordenanças de Deus e fazem parte da Antiga Aliança.

O sábado era um sinal, como o foi a circuncisão, entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco era um sinal do pacto com Noé. Vejam a similitude que há nessas ordenanças: Arco: “Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas...será por sinal entre mim e a terra” (Gn 9.12-13). Circuncisão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti... e circundareis a carne do vosso prepúcio, e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. E o homem incircunciso...será extirpado do seu povo” (Gn 17.10,11,13). Sábado: “Tu, pois, fala aos filhos de |Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado...aquele que o profanar, certamente morrerá” (Êx 31.13-14). A instituição do sábado está associada à lembrança da libertação da escravidão egípcia (Dt 5.15; Ez 20.10-20).

Tais leis foram sombras das coisas futuras. Embora estabelecidas como estatuto perpétuo, como também a páscoa, a queima de incenso, o sacerdócio levítico e ofertas de paz, vigoraram até o estabelecimento do novo pacto em Cristo Jesus. Vejamos:

“E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas” (Cl 2.13).

O homem não pôde, pela lei, livrar-se da morte do pecado. Ninguém, até hoje, conseguiu cumprir fielmente toda a vontade de Deus expressa na lei. Cristo veio para nos livrar das penalidades da lei, visto que estamos não debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14).

“Havendo riscado a cédula que era de alguma maneira contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.14).

O “ministério da morte”, como é chamada a lei mosaica (2 Co 3.7), não deu vida ao homem; apenas revelava o seu estado pecaminoso “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo da lei. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.19-26).

A lei de Moisés serviu para nos conduzir a Cristo. As palavras do Apóstolo, como acima, falam por si sem necessitar muitos esclarecimentos. A lei foi um estágio necessário, como necessários são os primeiros degraus de uma escada pelos quais alcançamos o ponto mais elevado. Ao morrermos com Cristo, morremos para a lei. A lei não alcança os mortos. “Agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos, a fim de servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da lei” (Rm 7.1,4,6). Por isso, Jesus cravou na cruz as ordenanças que de certo modo eram contra nós. Agora vivemos não segundo o ministério da condenação, mas segundo o do Espírito. “Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça”. O Apóstolo diz que as antigas ordenanças eram transitórias, e foram abolidas por Cristo (2 Co 3.7-14). Os crentes da atualidade não são guiados pela lei, mas pelo Espírito.

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17). A guarda do sábado semanal, sombra do que viria, apontava para Cristo. Se a instituição do sábado nos fazia lembrar da saída do Egito, nossa atenção agora está centralizada na libertação que há em Jesus. Os “sábados” de Colossenses 2.16 não são sábados festivos; são sábados semanais, sem dúvida. Os festivos estão inclusos em “dias de festa”. Em Ezequiel 20.12 e 44.24 também encontramos “meus sábados” referindo-se aos sábados semanais. De igual modo, Êxodo 31.13 alude aos “meus sábados”, numa referência ao sétimo dia de descanso e culto. Então, a guarda do sábado foi uma “sombra das coisas futuras”, mas a realidade está em Cristo. De acordo com isso está o teólogo adventista Samuele Bacchiocci, que afirmou:

“O consenso unânime de comentaristas é que essas três expressões [“dias de festa”, “lua nova” e “sábados”] representam uma lógica e progressiva seqüência (anual, mensal e semanal). Este ponto de vista é válido pela ocorrência desses termos...Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras dias de festa (ou festividades – no original)... esta indicação positivamente mostra que a palavra SABATON como é usada em Cl 2.16 não pode referir-se aos sábados cerimoniais anuais (From Sabbath Sunday – Do Sábado para o Domingo – Samuele Bacchiocci, 1977, p. 359-360. Fonte: Bíblia Apologética).

Leiam a seguinte promessa: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades” (Os 2.11; cf. Cl 2.14,16). Vamos ver o que mais a Nova Aliança diz a respeito da anterior:

“O mandamento anterior é anulado por causa da sua fraqueza e inutilidade. Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus” (Hb 7.18-19). Só chegaremos a Deus pela aceitação dos termos da Nova Aliança, isto é, pela graça, mediante a fé em Jesus (Jo 3.15-18; Rm 10.9; Ef 2.8-9). A salvação do ladrão na cruz é exemplo. Foi salvo não pelo cumprimento da lei, mas por graça e fé (Lc 23.46).

O Novo Testamento diz que Cristo “alcançou ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” (Hb 8.6,7,13).

Mas, se a lei foi abolida em Cristo, então podemos matar, cometer adultério, desobedecer a nossos pais? A resposta precisa ser encontrada no Novo Concerto, que ratificou os Dez Mandamentos, exceto a guarda do sábado. Em nenhuma parte do Novo Testamento encontraremos a ordem para reservar o sétimo dia. Vejamos o Decálogo e a correspondente instrução na Nova Aliança: “Não terás outros deuses diante de mim” (At 14.15); “não farás para ti imagem de escultura” (1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21); “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (Tg 5.12); “Lembra-te do dia do sábado para o santificar” (não mencionado no NT); “honra teu pai e a tua mãe” (Ef 6.1); “não matarás” , “não adulterarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás” (Rm 13.9); “não dirás falso testemunho” (Cl 3.9).

Quanto ao mandamento de não fazer imagem de escultura, sabatistas por vezes alegam não haver mandamento correspondente e explícito no Novo Testamento, porquanto, dizem, a palavra “ídolo” (1 Jo 5.21) não significa imagem de escultura. Quanto a isso, observem o que diz o conceituado Dicionário VINE: “Ídolo (eidolon), primariamente “fantasma” ou “semelhança” (derivado de eidos, “aparência”, literalmente, “aquilo que é visto”), ou “idéia, imaginação”, denota no Novo Testamento; (a) “ídolo”, imagem que representa um falso deus (At 7.41; 1 Co 12.2; Ap 9.20); (b) “o falso deus” adorado numa imagem (At 15.20; Rm 2.22; 1 Co 8.4,7; 10.19; 2 Co 6.16; 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21)”.

Cabe salientar que prevalecem os princípios éticos e morais do Antigo Testamento, ratificados e, em alguns casos, aperfeiçoados no Novo Concerto. “Cada um desses princípios contidos nos Dez Mandamentos é restabelecido num outro contexto no Novo Testamento, exceto, é claro, o mandamento para descansar e cultuar no sábado”. Jesus não fazia distinção entre leis morais e leis cerimoniais. É possível fazer-se esta divisão para melhor compreensão, mas ela não está definida na Bíblia. Ele afirmou que não veio anular a lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Em seguida, cita o sexto mandamento, “não matarás” (v.21); o sétimo, “não adulterarás” (v.27); o nono, “não dirás falso testemunho” (v.33); cita Levítico 24.20 “olho por olho, dente por dente”; cita Levítico 19.18 sobre o “amor ao próximo”. Logo, a “lei” a que se referiu Jesus não diz respeito somente aos Dez Mandamentos, mas abrange o Pentateuco. “A lei é termo comum entre os judeus para a primeira das três divisões das Escrituras hebraicas, isto é, os cinco livros do Pentateuco. Jesus cumpriu cabalmente a lei, em Sua vida, pela observação constante de seus preceitos; em Seus ensinos, pela pregação da ética do amor que cumpre a lei (Rm 13.10) e em Sua morte, pela satisfação de suas exigências” (O Novo Comentário da Bíblia – Vol. II, Edições vida Nova, 1990, p. 953). Porque em sua vida cumpria a lei, era costume de Jesus participar dos cultos, aos sábados, nas sinagogas de sua cidade natal (Lc 4.16). Após a cruz, “pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.11,13).

Se alguém deseja guardar o sábado, que o faça segundo prescreve o Antigo Testamento, assim: não ferver ou assar comida (Êx 16.23); não sair de casa nesse dia (Êx 16.29); não acender fogo (Êx 35.3); não viajar (Ne 10.31); não carregar peso (Jr 17.21); não exercer o comércio (Am 8.5). A violação de tais preceitos torna o infrator sujeito à maldição da lei e à pena de morte (Êx 31.15; Dt 27.11-28; Gl 5.1-5; Tg 1.23; 2.10).

Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Ela revela o pecado e condena o homem. Em Cristo, se manifestou a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. Foi impossível ao homem cumprir totalmente os itens da lei, sem qualquer fracasso, pois “maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. Cristo, com sua morte expiatória, fez-se maldição em nosso lugar (Gl 3.10-13). Por isso, a Bíblia diz que todos pecaram (Rm 3.20-23). No antigo concerto, a salvação tinha por base a fé expressa pela obediência à lei de Deus e ao sistema sacrificial. Mas um novo concerto ou novo testamento, com melhores promessas, foi levado a efeito por Jesus Cristo mediante sua morte e ressurreição (Jr 31.31-34).

Os adventistas, regra geral, são sabatistas, mas parece não haver um consenso. Entre 1955 e 1956, o dr. Walter Martin, apologista da fé cristã, entrevistou 250 conceituadíssimos líderes adventistas. O resultado dessas entrevistas foi publicado no livro “Adventistas do Sétimo Dia Respondem Perguntas sobre Doutrina”, de 720 páginas. Esses destacados líderes concluíram o seguinte: 1) Sabatismo: A guarda do sábado não propicia salvação. O cristão que observa o domingo não está em pecado. Não é cúmplice do papado. 2) Ellen G. White: Os escritos de Ellen White [profetiza do adventismo] não devem ser colocados em pé de igualdade com a Bíblia. 3) Santíssimo: Cristo entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascenção, e não em 22 de outubro de 1844. Assim, as doutrinas do santuário celestial ser purificado e do juízo investigativo não tinham base bíblica.

Em decorrência dessa posição, “houve sérias controvérsias no seio da Igreja Adventista do Sétimo Dia, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o ´remanescente´, a única e verdadeira igreja de Cristo. O segundo advogava os conceitos expressos no Questions on doctrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada ortodoxas. Conclui-se que o Adventismo com o qual o Dr. Walter Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no Brasil, pois rompeu com tudo aquilo abordado no Questions on doctrine. Entretanto, não se pode negar que há dentro da IASD aqueles que almejam o retorno às formulações esboçadas e defendidas no referido livro” (Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo – George A. Mather, Vida, 2.000, p. 194).

Os apóstolos elegeram o primeiro dia da semana como o dia do Senhor: “No primeiro dia da semana, reunindo-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até à meia noite (At 20.7; v. 1 Co 16.2). Aqui vemos o registro da celebração da Ceia do Senhor num domingo, um dia de culto. O Apóstolo João revela que foi “arrebatado em espírito no dia do Senhor” (Ap 1.10), referindo-se ao domingo, dia da ressurreição de Jesus (Lc 24.1) e do seu aparecimento aos discípulos (Jo 20.19; Lc 24.13,33,36).

A vontade de Deus é que aceitemos e vivamos segundo os termos do novo concerto. As provisões necessárias à nossa salvação não estão na antiga aliança, nem na obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A lei funcionou como tutor do povo até que viesse a salvação pela fé em Cristo. Desprezar a lei? Não. O Novo Testamento cuidou de revitalizar os princípios éticos e morais da lei, modificando uns, confirmando letra por letra outros, excluindo muitos. A salvação na nova aliança está consolidada na morte expiatória de Cristo, na sua ressurreição gloriosa e no privilégio de, pela fé, pertencermos a Ele.

Quase toda a instrução dos capítulos 3, 4 e 5 de Gálatas aborda a questão da lei e do evangelho, donde se conclui que: 1) A lei foi ordenada por causa das transgressões, ATÉ que viesse a posteridade (3.19). 2) A lei não pôde comunicar vida; por isso, a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. 3) A lei serviu para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados, não pela fé na obediência à lei. 4) Depois que a fé veio, já não estamos debaixo da lei, mas da graça (3.25). 5) Cristo veio para libertar os que estavam debaixo da lei. Não somos mais meninos necessitados de tutores, reduzidos à escravidão. Agora somos filhos de Deus (4.1-7). 6) Não mais estamos sujeitos a guardar dias, meses e anos, rudimentos fracos e pobres aos quais alguns querem continuar servindo (4.9-10). 7) Somos filhos não da escrava Agar, que simboliza o velho concerto. Somos filhos da promessa, como Isaque. Lancemos fora a escrava e seu filho, porque, “de modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre” (4.21-31). 8) Não devemos retornar ao jugo da servidão, pois Cristo nos libertou (5.1). 9) Os que buscam justificação na lei, separados estão de Cristo (5.4).

Responder para: Junior

 
  Nome: Humberto Em: 29/01/2013 | 08:59:29 E-mail: - humbertosalesfr@yahoo.com
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Colossenses 1.16. Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.

1ª Pedro 3.22. que subiu ao céu e está à direita de Deus; a ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes.

Daniel 10.13. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.

Hebreus 1.14. Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação?

Mateus 18.10. Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.

1ª Timóteo 5.21. Conjuro-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.

Responder para: Humberto

 
  Nome: Maria Eliza Em: 18/01/2013 | 11:05:02 E-mail: -
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O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE ANJOS, ARCANJOS, QUERUBINS E SERAFINS
Não existe uma exposição bíblica específica sobre angeologia. Toda abordagem sobre este tema é em forma de estudo sistemático, com uso de paralelismo hermenêutico de tópicos, ou seja, através da interpretação de textos paralelos.

O anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus Cristo. Na Bíblia Sagrada não existe o relato da existência de anjos na faixa-etária infantil.

Os anjos seguem ordens hierárquicas (Colossenses 1.16).
Deus se mantém no céu, é o Soberano, o Criador de todas as coisas.

Na questão dos anjos, está revelado que eles foram criados antes do mundo que conhecemos e vivemos, eles são em número incontável e que existe entre eles uma hierarquia estabelecida por Deus ( Jó 38.6-7; Hebreus 12.22).

As classes conhecidas de anjos seguem o plano divino de autoridade. A classificação é: arcanjos, querubins e serafins.

Segundo Colossenses 1.16 e 1ª Pedro 3.22, a organização angelical segue uma hierarquia distinta em cinco principais representações: tronos (thrónoi); domínios (kyrioótetes); principados (arkai); potestades (exousiai) e poderes (dynámeis). Essa classificação refere-se à esfera do governo, com a finalidade de distingui-los dos demais anjos que somam exércitos e atuam diante de Deus, do Universo e do ser humano, em particular.

Na organização dos anjos, a Bíblia fala mais: primeiros príncipes (Daniel 10.13); anjos da guarda de todos e de crianças (Hebreus 1.14; Mateus 18.10); e, anjos eleitos (1ª Timóteo 5.21).

O princípio de autoridade que Deus criou sofreu uma tentativa de rebelião, por parte de Satanás, diante do fracasso o mesmo foi precipitado do céu (Ezequiel 28.1).

• Os anjos Miguel e Gabriel. Entre os anjos, apenas dois são citados nominalmente, Gabriel e Miguel. O fato de haver a revelação apenas de dois nomes não dá margem para crer que os outros anjos não tenham os seus.

Os anjos têm intelecto, emoções e vontade, ou seja, uma personalidade, um indício de que cada um deles tenham nomes próprios (1ª Pedro 1.12; Lucas 2.13; Judas 6).

Gabriel significa poderoso, herói de Deus. E Miguel é uma variante de Miqueias e Micaías, e significa “quem é como Deus?”. Não nos é revelado o porquê deste significado, mas ponderamos que seja em oposição às disposições hostis de Satanás, que tentou ser igual a Deus (Isaías 14.14).

Miguel é descrito como arcanjo, o anjo patrono e guardião do povo de Israel, que lutou contra o diabo (Daniel 10.13, 21; 12.1; Judas 9; Apocalipse 12.7).

Na Bíblia, Gabriel não tem classificação definida. Não temos a informação que ele seja um arcanjo, querubim ou serafim. Foi portador de mensagens muito especiais (Daniel 8.16; 9.21; Lucas 1.19, 26). Porém, no livro de Tobias, um apócrifo, ele está arrolado como um dos sete arcanjos que estão na presença de Deus.

• Arcanjos. O termo “arch” quer dizer “sumo”, “chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Aparece em todo o Novo Testamento apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.

Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.

No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos arcanjos: [b]“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus”[/b] - 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma original.

Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.

No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).

O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo.

• Os querubins. O vocábulo querubim ou querubins, acha-se pela primeira vez em Gênesis 3.24. Tem raiz no verbo “querub”, que significa “guardar”, “cobrir”, “proteger” e, também, “celestial”. A palavra “querubim” não ocorre no grego secular; é uma transliteração do hebraico, ou aramaico, e daí a variedade de terminação no plural.

Eles representam a classe dos adoradores, tanto pela função quanto pela aparência de animais. São associados ao trono de Deus e mencionados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Cogita-se que o Criador honre a criação animal por intermédio deles.

No Salmo 18.6-10, Davi escreveu em seu cântico que angustiado clamou ao Senhor e Ele desceu cavalgando sobre um querubim e voou, deslizando sobre as asas do vento.

Os querubins constituem uma ordem muito elevada entre os anjos. Eles exercem a função de guardiões. Quando o homem pecou, o Senhor fechou o jardim do Éden, e, para protegê-lo, pôs um querubim e uma espada flamejante ao oriente e ocidente (Gênesis 3.24).

Sem nenhuma conotação com a idolatria, Deus ordenou que se pusessem na tampa da arca da aliança, o propiciatório, estátuas de dois querubins feiras em ouro, voltadas um para o outro. (Êxodo 25.17-18; 2º Reis 19.15; Salmo 80.1). Não era para idolatrá-los, apenas o sumo sacerdote, uma vez ao ano, entrava no local onde a arca estava para fazer o cerimonial de expiação pelo povo.

Salomão também usou a figura de dois querubins de madeira, revestidos de ouro, como ornamento na construção do templo (1º Reis 6.23-28).

Os querubins têm definições de aspectos variados. Podem ter rosto de águia, de touro e de homem. Às vezes aparecem descritos como “cheios de olhos”, com quatro asas e em outras com seis (Ezequiel 10; 16; Apocalipse 4.8). Em outra situação, têm a aparência dos serafins (Ezequiel 1.10; Isaías 6.2; Apocalipse 4.7).

O profeta Ezequiel descreve as plantas dos pés dos querubins como de uma bezerra, têm quatro cabeças, sendo que seus pés seguem em direção para onde suas cabeças olham (1.7; 10.11-12). O profeta ainda revela que rodas são movidas pela força desses anjos (10.16-17).

A expressão “zoon”, encontrada no livro de Apocalipse (4.6-11) significa “o que vive”. Diferente de “therion”, que significa “uma fera”. Os querubins não devem ser considerados animais, e, sim, criaturas viventes.

Antes de sua queda, Satanás era um querubim ungido (Ezequiel 28.14,16). Andava no meio de pedras afogueadas (Ezequiel 28.13,14). Como os outros querubins, Satanás é representado na Bíblia pela figura de animais: a serpente no jardim do Éden, e nos livros de Isaías e Apocalipse como um mitológico grande lagarto, um dragão (Gênesis 3.1-6; Isaías 27.1; Apocalipse 12.9; 20.2).

Descobertas arqueológicas na Palestina têm trazido alguma luz às representações antigas dos querubins. Em Samaria, painéis de marfim apresentam uma figura composta com um rosto humano, corpo de animal quadrúpede, e duas asas elaboradas e vistosas.

• Os serafins. O vocábulo “serafim” deve vir da raiz hebraica “sarafh”, cuja raiz primitiva queria dizer “consumir com fogo”. Hebraístas a traduzem como “queimadores”, “ardentes”, “brilhantes”, “refulgentes”, “amor”, “nobres”.

Apenas na chamada ministerial de Isaías é que encontramos os serafins destacados. Segundo a visão do profeta, eles são agentes de purificação pelo fogo, têm forma humana, apesar de possuírem seis asas. Veja: Isaías 6.1-7.

Na classe dos anjos, os serafins desempenham função no coro celestial, entoando “Santo, Santo, Santo”, incessantemente. Intérpretes bíblicos afirmam que o louvor seja dirigido ao Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, à Trindade, considerando o “nós”, encontrado em Isaías 6.8.

Eles são a classe que menos está mencionada na Bíblia.

Postado por Eliseu A. Gomes, blog Belverede.

Responder para: Maria Eliza

 
  Nome: Eduardo Em: 09/01/2013 | 14:29:07 E-mail: - eduantpereira@gmail.com
Comentários:
A salvação do homem é um ato da graça de Deus

Todos os seres humanos nascem espiritualmente mortos (Ef 2.1; Rm 3.10) e por isso, necessitados de salvação, que se dá pela oferta voluntária de Jesus Cristo, que ao morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia, venceu o pecado e ofereceu a vida eterna a todo aquele que crê (Rm 5.8; Jo 3.16).

O salvo não pode perder a salvação porque suas obras não lhe dão direito, nem tiram a salvação (Ef 2.8-9); também porque ao ser salvo ele é selado com o Espírito Santo (Ef 1.13; 4.30; 2 Co 1.21-22); e ainda porque a Bíblia garante a segurança através de Jesus (Jo 3.16, 18, 36; 5.24; 6.37; 10.17-18, 27-28 ).

Responder para: Eduardo

 
  Nome: Diego Em: 27/12/2012 | 11:33:55 E-mail: - diegodguarulhos@terra.com
Comentários:
O ROSÁRIO E SUA ALTERAÇÃO “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos; não vos assemelheis, pois, a eles...” (Mt 6.7,8).

As pessoas não evangélicas, quando leem a Bíblia e se deparam com os ensinamentos de Jesus, em Mateus 6.5-15, sobre como se deve orar, não têm a atenção voltada para o que está nos versículos 7 e 8, acima transcritos. Neles consta que não devemos usar de vãs repetições, segundo o costume dos gentios, os quais pensavam que, por suas repetições sucessivas, seriam ouvidos. Mas quem eram os gentios? Eram os que não faziam parte do povo de Deus. Jesus estava dizendo, em outras palavras, o seguinte: “E ao conversar com Deus, não usem de repetições vazias, fúteis, sem valor, como os pagãos, os idólatras; porque imaginam que, pelo seu muito falar, serão ouvidos; não se tornem, pois, semelhantes a eles; não os imitem...”

A ênfase não recai apenas na palavra vãs, mas também em repetições. É certo que Paulo disse: “Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque essa é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5.17,18), mas aqui é diferente, pois o apóstolo nos está incentivando ao costume incessante da oração, principalmente com o fim de louvarmos a Deus, o que a maior parte das pessoas se esquece de fazer, preocupadas apenas em pedir.

Oração é conversa franca, espontânea e respeitosa com Deus, louvando-o, agradecendo-lhe e fazendo-lhe pedidos. É também um ato de adoração. Adorar, segundo informa o catolicismo, vem do latim adorare, que significa fazer oração. Sendo assim, como se trata de uma conversa com Deus e de adoração a ele, jamais pode ser dirigida a um santo. E é lógico que nosso Pai quer que conversemos com ele com nossas próprias palavras, o que não acontece nas rezas. Normalmente os rezadores, em momentos alegres ou tristes, só conseguem repetir o Pai-nosso, a ave-maria e outras rezas ensinadas por sua igreja, por eles decoradas. Não sabem ou têm dificuldade de falar com Deus, espontaneamente. Isso é estranho, pois qualquer um tem facilidade de conversar com seu pai carnal, de sangue.

Por que Jesus condenou a repetição de frases? Além de a maior parte das pessoas não dizerem o que lhes está no fundo do coração ou não prestarem atenção ao que estão dizendo, pois apenas decoram e repetem o que outrem escreveu, nem sempre apropriado para o momento, trata-se de invenção dos gentios, os quais criaram e usavam uma espécie de rosário para se dirigir a seus deuses. Ralph Woodrow, falando da origem do rosário, esclarece:
“The Catholic Encyclopedia diz: 'Em quase todos os países, então, encontramo-nos com algo na natureza de contas de oração ou contas de rosário.' Continua até citar um número de exemplos, incluindo uma escultura da antiga Nínive, mencionada por Layard, de duas mulheres com asas, rezando diante de uma árvore sagrada, cada uma segurando um rosário.

Por séculos, entre os maometanos, uma corrente de contas consistindo de 33, 66 ou 99 contas tem sido usada para contar os nomes de Alá. Marco Polo, no século treze, ficou surpreso de encontrar o rei de Malabar usando um rosário de pedras preciosas para contar suas orações. São Francisco Xavier e seus companheiros ficaram igualmente atônitos em ver que os rosários eram universalmente familiares aos budistas do Japão.

Entre os fenícios um círculo de contas, parecendo um rosário, era usado no culto a Astarte, a deusa-mãe, em torno de 800 a.C. Esse rosário é visto em algumas moedas fenícias mais recentes. Os brâmanes desde tempos primitivos têm usado rosários com dezenas e centenas de contas. Os adoradores de Vishnu dão aos seus filhos rosários de 108 contas. Um rosário semelhante é usado por milhões de budistas na Índia e no Tibete. O adorador de Shiva usa um rosário sobre o qual repete, se possível, todos os 1.008 nomes de seu deus. Contas para contagem de orações eram conhecidas na Grécia Asiática. Tal era o propósito, de acordo com Hislop, do colar visto na estátua de Diana...” (Babilônia: a Religião dos Mistérios, pp. 27/28).

Tratando-se de costume pagão, o rosário não poderia ter entrado numa igreja que se diz cristã, o que aconteceu através de Pedro, o Eremita, em 1090 d.C. Ao invés de o rejeitarem, foi aceito como uma inovação, e esta, hoje, faz parte de suas tradições. Tertuliano (falecido em 230) já dizia que “Cristo se intitulou a Verdade, mas não a tradição... Os hereges são vencidos com a Verdade e não com novidades.” E Venâncio (ano 450), acrescenta que “inovações são coisas de hereges e não de crentes ortodoxos” (Raimundo F. de Oliveira, Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, p. 29,30).

Muitos religiosos utilizam o rosário. Chamam-no de terço. Alguns o usam, em miniatura, até mesmo como enfeite ou amuleto na lapela, sem terem analisado sua procedência nem se está de acordo com a Palavra de Deus, ainda mais que, na atualidade, um sacerdote carismático incentiva, pela televisão, o uso do terço bizantino, que também é um método inconveniente de se rezar, pois repete frases isoladas ou palavras sete vezes seguidas.

Ouvimo-lo rezar assim, quando da visita do papa ao Brasil: “Seja bem-vindo, nosso querido papa; Seja bem-vindo, nosso querido papa; Seja bem-vindo...” Ora, o papa, não estando presente ao local, não poderia ouvir essas palavras que foram dirigidas, em oração, a ele, um ser humano. Para ouvi-las, teria de ser onisciente, isto é, saber de tudo o que se passa, porém esse é um dos atributos exclusivos de Deus. Além do mais, oração, segundo ensinam protestantes e católicos, significa conversa com Deus; e o papa não é Deus.

Cada rosário – que é uma enfiada de cento e sessenta e cinco contas –, era composto de três blocos (por isso mesmo chamados de terços), cada um deles consagrado a honrar cinco mistérios da vida de Jesus e de Maria – ciclos litúrgicos:

– Primeiro bloco ou terço: cinco mistérios gozosos ou da alegria – Finalidade: honrar a anunciação do arcanjo a Maria; a visita dela a Isabel; o nascimento de Jesus; a apresentação dele no templo/a purificação de Maria; e o menino encontrado entre os doutores;

– Segundo bloco ou terço: cinco mistérios dolorosos ou da dor: Agonia de Jesus no horto; sua prisão e os açoites; a coroa de espinhos; seus passos carregando a cruz; e sua crucificação;

– Terceiro bloco ou terço: cinco mistérios gloriosos ou da glória: Ressurreição; ascensão do Senhor; Pentecostes; assunção de Maria (?); e coroação da Virgem como Rainha do Céu e da Terra (?).

Em 2002 o papa João Paulo II, através da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, resolveu alterar o rosário, introduzindo nele mais um bloco:

– Quarto bloco: cinco mistérios luminosos ou da luz: Jesus sendo batizado no rio Jordão; ele nas bodas de Caná, quando transformou a água em vinho; ele anunciando o reino de Deus e convidando à conversão; sua transfiguração no monte Tabor; e a Santa Ceia, com a instituição da eucaristia.

Porém João Paulo II não notou que, com a inclusão de mais um bloco, estaria criando o “quarto terço”, o que só seria possível se fosse mantido o antigo rosário completo (três terços) e anexado a ele mais um pedaço (mais um bloco de mistérios). Como isso não aconteceu, para haver o quarto bloco os tradicionais “terços do rosário” teriam, pela lógica e bom senso, de deixar de existir, dando lugar a “quartos do rosário”. É ilógico alguém dividir, digamos, um queijo em quatro partes iguais, entregá-las a quatro pessoas e lhes dizer que cada uma está recebendo “um terço”, quando, na verdade, está recebendo “um quarto”. O sistema fracionário perderia toda a lógica. João Paulo II acabou passando para seus seguidores que 1/4 = 1/3 e que 4/3 = 1 (um inteiro). Embora absurdo, o povo tem aceitado, alguns talvez sem o notar.
Soubemos que, em vista disso, teria sido ventilada a possibilidade de os recém-criados cinco mistérios não formarem um bloco a mais, mas sim serem distribuídos entre os três antes existentes. Mas isso também seria incoerente, seria mais um erro. Vejamos:

a) Não daria resultado exato a divisão dos novos cinco mistérios entre os três blocos. Dois deles, passariam a ter, por exemplo, sete mistérios e um apenas seis. De qualquer outra forma que fosse feita a divisão sempre haveria pelo menos um bloco menor que os outros, com o que não poderiam ser chamados de “terços”, pois, para tanto, todos deveriam ter quantidades exatamente iguais.

b) Além disso, se os mistérios luminosos fossem distribuídos, não mais se poderia dizer que o primeiro terço seria composto de mistérios gozozos, o segundo de dolorosos nem o terceiro de gloriosos, pois, entremeados aos três, haveria mistérios luminosos.

Um senhor, que responde a perguntas pela internet, disse que o Vaticano fez apenas sugestões, deixando a cada fiel a decisão de manter o rosário como sempre foi ou acrescentar-lhe os mistérios luminosos. Cremos não ser isso possível. Quem adotasse o novo não teria como justificar o engano havido. Outro sacerdote nos disse que a “a solução é simples e já vem sendo adotada pelo próprio Papa e por algumas comunidades. A Palavra Rosário significa um punhado de rosas. O Rosário é dividido em quatro coroas. Aliás, a expressão 'coroa de Nossa Senhora' sempre foi usada na Igreja para significar o antigo terço. Então, daqui para frente, o Rosário será dividido em quatro coroas...” Ele deve ter dito “antigo terço” baseando-se em que coroa era um rosário composto de sete padres-nossos e sete dezenas de ave-marias. Mas o que parece mesmo é que ele confunde terço (apenas uma terça parte) com rosário (que, antes, era o total dos três terços).

Como foi dito que “a solução é simples e já vem mesmo sendo adotada” pelo pontífice, isso é sinal de que concordam que houve erro. Mas o incrível é que nem os auxiliares papais que, segundo diz o escritor Fernando Carballo (Protestantismo e Bíblia, p. 75), formam o corpo de “escrituristas e teólogos mais competente do mundo”, o haviam percebido. Se o papa falhou em uma simples e fácil fração, cometendo erro primário, como podem afirmar que é infalível “em questões de fé”, envolvendo inclusive temas polêmicos, complexos? Supomos que o caso das
rezas do rosário seja considerado “questão de fé”.

Mas perguntamos: Depois da modificação, alguém passou a dizer que vai “rezar o quarto” ou “rezar a coroa”? Parece que não. O que continuamos a ouvir, de modo geral, seja de cultos ou de iletrados, de leigos ou de padres, bispos, é “rezar o terço”. Inclusive no opúsculo “O Novo Rosário, com os Mistérios da Luz” (4.ª ed, Paulus. 2002), no “Oferecimento” (p. 7), deparamo-nos com o seguinte: “Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar...” Ou seja, já em pleno vigor os quartos, até o livreto destinado a ensiná-los os chama de terços.

Caso algum religioso passe a dizer: “Vou rezar o quarto”, alguém poderá interpretar que irá exorcizar um compartimento de dormir. Se disser: “Vou rezar a coroa”, parecerá que está usando gíria, dizendo que irá rezar uma solteirona ou uma senhora idosa, o que poderá ser interpretado como abuso com as coisas de Deus e com o seu próximo. E o pior: em algumas regiões, “rezar a coroa” é o mesmo que rezar a glande, a cabeça do pênis. É bom deixar claro que não concordamos com as tradicionais frases: “Vou rezar o fulano”, “Vou orar o fulano”.

O correto é: “Vou orar (a Deus) pelo fulano”.
Rezas com terços, principalmente quando por determinação do confessor, como penitência, ganham aspecto de castigo. Oração, porém, nunca deve ser vista como punição, mas como necessidade e prazer.

Jesus, logo após ter condenado as vãs repetições, deu-nos um modelo de oração para nos basearmos nele, que é o Pai-nosso (Mt 6.9,13). Isso demonstra que o Pai-nosso não deve ficar sendo repetido sucessivamente, como acontece no rosário. Jesus ainda esclareceu que “de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo” (Mt 12.36). Como palavras frívolas e vãs significam a mesma coisa, os rezadores se surpreenderão na presença de Deus, pois, em lugar de serem justificados, terão de prestar contas de sua desobediência, uma vez que, mesmo que aleguem ignorância, “Deus jamais inocenta o culpado” (Na 1.3). Não é porque alguém, apenas por julgar que alguma coisa agrade a Deus, deva praticá-la sem antes confrontá-la com as Escrituras, pois “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv 14.12).

Os adeptos de repetições, como as do rosário, se justificam citando os Salmos 118.1-4 e 136 (na Bíblia de Jerusalém: 117.1-4; 135). Mas os Salmos são textos poéticos, e eram escritos para ser cantados. A expressão neles repetida foi usada pelos cantores à frente do exército (2Cr 20.21). Também a cantaram os sacerdotes e levitas quando foram lançados os alicerces do templo em Jerusalém (Ed 3.11). Mesmo assim, devemos notar o seguinte: no 118, as tribos, umas após as outras, iam dizendo a frase; não a repetiam. No 136, ela era repetida complementando o sentido das diversas outras nunca iguais.

Outros se justificam dizendo que Jesus, no Getsêmani (Mt 26), teria repetido uma oração três vezes. Todavia, se examinarmos o texto, veremos que não foram frases idênticas, embora o pedido o fosse. Muito menos decoradas. Ele estava conversando com o Pai.

Se você quer orar, saiba que na Bíblia inteira, da primeira à última página, orações são dirigidas somente a Deus. No Antigo Testamento, elas não eram feitas em nome de Jesus Cristo pelo fato de que ele ainda não tinha vindo ao mundo como homem para nos salvar e ser nosso único Mediador (1Tm 2.5) – aquele que intervém em nossa reconciliação com o Altíssimo –, e vive “sempre para interceder” por nós (Hb 7.25), além de ser nosso Advogado (1Jo 2.1). Tendo ele vindo, em seus ensinamentos confirma, como não poderia deixar de ser, que devemos pedir diretamente ao Pai, porém agora através de seu nome (Jo 14.6,13; 15.16; 16.24). Apenas uma vez, em João 14.14, ele abre uma exceção, dizendo: “Se me pedirdes alguma coisa, em meu nome, eu o farei”. Em outros termos, ele ensinou que devemos pedir diretamente ao Pai, em seu nome, mas se lhe pedirmos (a ele, Jesus) alguma coisa, ainda assim não deveremos utilizar o nome de ninguém mais a não ser o dele próprio, que ele nos atenderá.

Não obstante serem rezados, pelo atual rosário, vinte Pais-nossos, duzentas ave-marias (dez vezes mais a ela que a Deus) e sejam dadas vinte glórias ao Pai (sem se recorrer, nos pedidos, ao imprescindível nome Jesus nem ao menos uma única vez sequer), afirmamos que Cristo jamais ensinou que devemos ir a ele através de Maria.

Mesmo assim, há quem ensine que só chegamos a Jesus por meio dela. Porém oração não é recado nem um pacote que pedimos a uma pessoa para levar à outra. Oração é uma conversa. Conversa com Deus. Maria foi uma grande mulher, mas ela não é Deus. Isso que ensinam é acréscimo feito por homens às determinações de Deus. A Bíblia assim se expressa com relação a quem os faz: “Nada acrescentes às suas palavras (de Deus), para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso” (Pv 30.6). E Apocalipse 20.1 acrescenta que o lugar dos mentirosos é o lago que arde em fogo e enxofre. Se você tem filho, deve amá-lo muito.

Mas já pensou se ele sair atrás de você fazendo-lhe um pedido, repetindo a mesma frase duzentas vezes seguidas, sem parar, e nos dias seguintes agir da mesma forma. Você acabará se irritando, perdendo a paciência.

Consideramos curioso o fato de imagens de alguns santos do princípio da Igreja terem à mão um rosário. Em muitas estátuas de Maria vemo-la com um. Porém na época dela o rosário só existia no paganismo, havia sido condenado por Jesus e a reza ave-maria, que faz parte dele, nem havia ainda sido inventada, o que aconteceu mais de mil anos depois de Cristo. Mesmo que ambos já existissem entre o povo judeu, Maria, ao utilizar o rosário, teria de estar rezando a si própria, rogando a si mesma. Se, ao exibi-lo, estivesse apenas incentivando rezas a si, estaria desrespeitando a ordem de Jesus Cristo de somente orarmos ao Pai, em nome dele, e usurpando a função dele, que, como nosso único Mediador (1Tm 2.5), vive para interceder por nós (Hb 7.25). Ela não agiria assim. Ao contrário, repetiria o que já havia dito: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo l2.5).

Não podemos fazer orações a nenhum morto (no caso, “santos”), pois, segundo vimos, além de orações só poderem ser dirigidas a Deus, a Bíblia proíbe que consultemos quem já faleceu (Dt 18.11,12). E rezas, promessas, pedidos, etc., a quem já partiu deste mundo são bem mais que consulta: são também adoração.

Não use frases decoradas, escritas por quem você nem ao menos conheceu. Converse com o Altíssimo de forma íntima, mais íntima do que se você conversasse com seu pai de sangue, que Deus está disposto a ouvi-lo a qualquer hora e sem burocracias. Orações feitas em desacordo com o que ele estipulou acabam sendo desobediência, pecado.

O ROSÁRIO E SUA ALTERAÇÃO - Escrito por Roosevelt Silveira

Responder para: Diego

 
  Nome: Adriano Em: 10/12/2012 | 10:26:52 E-mail: - adrianolememarq360@hotmail.com
Comentários:
São 7 anos de tribulação mesmo, eu não sei aonde arrumaram esse negócio de 3,5 de tribulação pacífica não...

A 1ª metade da tribulação será de grande angústia para a igreja que não foi arrebatada, e na 2ª metade dela será de grande angustia para o remanescente judeu (angustia de Jacó).

Na tribulação nada de paz, só angústia mesmo, por isso que Jesus disse: "Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno." (Marcos 13 : 18)...Com isso, Jesus quis dizer para vigiarmos e orarmos para havermos dignos de sermos arrebatados e não cairmos na tribulação.

inverno = tribulação...

Fonte: Texto de Jarbas

Responder para: Adriano

 
  Nome: Tales Em: 10/11/2012 | 18:51:41 E-mail: -
Comentários:
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.

Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.

E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
João 17:24-26

Responder para: Tales

 
  Nome: Isabela Em: 11/09/2012 | 11:03:08 E-mail: -
Comentários:
Em 610 d.C, Maomé afirmou que quando tinha quarenta anos e enquanto realizava um desses retiros espirituais o anjo Gabriel comunicou-lhe que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade.

Outros disseram que Deus e o Senhor Jesus desceram nas montanhas Rochosas dos EUA e também escreveram para eles instituirem a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormom). Esta Igreja foi instiuída em 1830, em Fayette, Nova Iorque, por Joseph Smith. A Igreja ensina que esta verdadeira fé e sacerdócio foram restauradas por Joseph Smith Jr., através da profecia e da visitação de Deus, o pai celestial, e seu filho Jesus Cristo, o messias, como dois seres separados fisicamente, mas unos em propósito, no início de 1820. Também é relatada a posterior visita de anjos e profetas bíblicos como sendo mensageiros celestiais.

A Igreja ensina que é a única organização na Terra com autoridade para realizar ordenanças válidas (como o batismo e o sacramento). A Igreja também pratica outras ordenanças, restauradas por meio de Joseph Smith Jr., como o casamento eterno (permanecerão unidos como família após a vida mortal) e o batismo pelos mortos.

Outros ainda reconhecem uma profetiza Ellen White que afirmou que o consumo de carne de porco causa lepra, e foi também uma defensora do vegetarianismo, da guarda do sábado, entre outros ensinos.

Atualmente alguns se colocam como profetas e como apóstolos, mas aceitamos apenas e tão somente os profetas e apóstolos da Bíblia Sagrada.

Responder para: Isabela

 

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