Total de versículos 1070
28
|
|
6 - As suas pedras são o lugar da safira, e tem pó de ouro.
|
|
|
7 - Essa vereda a ave de rapina a ignora, e não a viram os olhos da gralha.
|
|
|
8 - Nunca a pisaram filhos de animais altivos, nem o feroz leão passou por ela.
|
|
|
9 - Ele estende a sua mão contra o rochedo, e revolve os montes desde as suas raízes.
|
|
|
10 - Dos rochedos faz sair rios, e o seu olho vê tudo o que há de precioso.
|
|
|
11 - Os rios tapa, e nem uma gota sai deles, e tira à luz o que estava escondido.
|
|
|
12 - Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?
|
|
|
13 - O homem não conhece o seu valor, e nem ela se acha na terra dos viventes.
|
|
|
14 - O abismo diz: Não está em mim; e o mar diz: Ela não está comigo.
|
|
|
15 - Não se dará por ela ouro fino, nem se pesará prata em troca dela.
|
|
|
16 - Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira.
|
|
|
17 - Com ela não se pode comparar o ouro nem o cristal; nem se trocará por jóia de ouro fino.
|
|
|
18 - Não se fará menção de coral nem de pérolas; porque o valor da sabedoria é melhor que o dos rubis.
|
|
|
19 - Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode avaliar por ouro puro.
|
|
|
20 - Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?
|
|
|
21 - Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente, e oculta às aves do céu.
|
|
|
22 - A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama.
|
|
|
23 - Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar.
|
|
|
24 - Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus.
|
|
|
25 - Quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas;
|
|
|
26 - Quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões;
|
|
|
27 - Então a viu e relatou; estabeleceu-a, e também a esquadrinhou.
|
|
|
28 - E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.
|
|
29
|
|
1 - E PROSSEGUIU Jó no seu discurso, dizendo:
|
|
|
2 - Ah! quem me dera ser como eu fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava!
|
|
|
3 - Quando fazia resplandecer a sua lâmpada sobre a minha cabeça e quando eu pela sua luz caminhava pelas trevas.
|
|
|
4 - Como fui nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda;
|
|
|
5 - Quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, e os meus filhos em redor de mim.
|
|
|
6 - Quando lavava os meus passos na manteiga, e da rocha me corriam ribeiros de azeite;
|
|
|
7 - Quando eu saía para a porta da cidade, e na rua fazia preparar a minha cadeira,
|
|
|
8 - Os moços me viam, e se escondiam, e até os idosos se levantavam e se punham em pé;
|
|
|
9 - Os príncipes continham as suas palavras, e punham a mão sobre a sua boca;
|
|
|
10 - A voz dos nobres se calava, e a sua língua apegava-se ao seu paladar.
|
|
|
11 - Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;
|
|
|
12 - Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse.
|
|
|
13 - A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.
|
|
|
14 - Vestia-me da justiça, e ela me servia de vestimenta; como manto e diadema era a minha justiça.
|
|
|
15 - Eu me fazia de olhos para o cego, e de pés para o coxo.
|
|
|
16 - Dos necessitados era pai, e as causas de que eu não tinha conhecimento inquiria com diligência.
|
|
|
17 - E quebrava os queixos do perverso, e dos seus dentes tirava a presa.
|
« Anterior - 13 - 14 - 15 - 16 - [ 17 ] - 18 - 19 - 20 - 21 - Próxima »
| |